quinta-feira, 10 de junho de 2010

Adereços - Dança com Espada


Dança com várias versões para sua origem. A primeira seria que esta dança servia para homenagear a deusa Neit, mãe de Ra, deusa da guerra, que destruía os inimigos e abria os caminhos.
Uma segunda versão conta que a dança com a cimitarra surgiu das tabernas ou casas de prostituição. Os soldados, após um dia de luta, iriam descansar nesses lugares e as mulheres da casa pegavam suas espadas e dançavam, para sua diversão. Na terceira versão, deriva do Arjã, dança milenar que só era executada por homens, geralmente os velhos das aldeias, e simbolizava a vitória sobre os inimigos e a conquista de territórios. Com o passar do tempo, as mulheres incorporaram a cimitarra, espécie de espada com a ponta recurvada, às suas danças.
Mais versões:
Desde a antigüidade os beduínos da Arábia Saudita trabalhavam com metais e eram peritos em fazer "espadas". Como território de passagem da Rota comercial das caravanas entre o Oriente e o Oriente Médio eram nas paradas de descanso que se vendiam os artefatos. Para demonstrar aos compradores interessados a excepcional qualidade de suas espadas e torná-las bem desejáveis, escolhiam suas filhas para mostrá-las. Elas se enfeitavam e desfilavam, bem como aproveitavam a oportunidade para exibir sua beleza demonstrando o quanto eram saudáveis e atraentes, vislumbrando um possível casamento. Este costume desenvolveu a dança com a espada que é formada por dois momentos:
1 - Demonstração da espada
2 - Apresentação da filha que está pronta para iniciar sua vida "como mulher."
Também sabemos que as dançarinas egípcias, as Almées, altamente respeitadas e estimadas por todos, tinham como "privilégio", a permissão para dançar com a espada, objeto exclusivo dos homens, símbolo de sua força, coragem e virilidade.
As Almées dançavam com uma ou duas espadas, equilibrando-as em diferentes partes do corpo, mostrando uma dança poderosa e impressionante com significado simbólico. Este aspecto da "espada" na dança revela um privilégio único que a dançarina Almée possuía: Usar um objeto do mundo masculino em sua dança.
Uma terceira raiz encontramos na antiga tradição de algumas tribos do Oriente Médio, onde, no ato do casamento, o noivo entregava sua espada à noiva. Ela então exibia virtuosamente a espada em defesa da honra e proteção de sua futura família: com feminilidade e doçura, porém firme e altiva. O noivo a carregava para dentro da futura casa, colocando a espada nos ombros dela, mostrando simbolicamente que lhe confiava o poder de liderar o lar e honrar a família. Devido a esta poderosa simbologia , a dança com a espada não se desenvolveu como dança de palco no Oriente Médio. Foram as dançarinas da Europa e especialmente as americanas que lhe deram atenção e a desenvolveram com dramaticidade e acrobacia, transmitindo um ar de perigo e poder.
Tempestade Lunar
(Viviane Braga)

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