sexta-feira, 30 de maio de 2014

A dança do ventre na sua forma: tradicional ou moderna?


 
A dança do ventre na sua forma:

Tradicional e moderna...

 
 
A dança do ventre vem de uma história milenar, e que ao longo do tempo vem crescendo, se desenvolvendo, e se modificando, graças aos lugares por onde passa, pelas pessoas que a interpretam e pelos significados e particularidades de cada profissional.

Mas até onde isto é benéfico, para sua tradição, para sua história tão rica e embasada culturalmente?

Na minha humilde opinião, algumas coisas ditas “modernas” deveriam ficar longe do tradicional, pois denigre a imagem do que esta sendo modificado ou caracterizado. Sem contexto nenhum, pessoas são submetidas a fazerem coisas que não fazem parte da cultura da dança do ventre, por dinheiro, ou simplesmente manipulação midiática.

O clássico na dança do ventre se remete ao tradicional, ao simples. Quando vemos a Dina dançar, por exemplo, ou quaisquer outras precursoras da dança, vemos movimentos de quadril, simples e complexos, e não vemos, por exemplo,  muitos arabesques e movimentos do ballet embutidos neles. Já no moderno, vemos tudo isso e muito mais, recentemente, me deparei com uma imagem em uma rede social, que me chocou, a pessoa estava vestindo um bojo muito pequeno, e um lenço de quadril somente, numa pose onde aparecia toda a calcinha, e quando eu questionei quanto a roupa, fui informada de que era apenas uma performance de caracterização da Dina, apesar do mal gosto dela para as roupas, temos que ter bom senso. Pessoas fala sério, a dança do ventre já é tão vulgarizada, porque temos que aceitar essas coisas?

Acredito que a tradição deveria ser respeitada, principalmente quando se trata de folclore. Porque temos que ver danças, como a dança do candelabro, sendo feita com o ventre descoberto, quando a tradição pede que se cubra o ventre? Porque temos que aceitar homens dançando de saia, quando na cultura isso não acontece, homem dança com roupa de homem?

Todas essas perguntas, que em minha opinião, são totalmente relevantes, mas que provém de fatos e ideias absurdas, podem ser respondidas de uma maneira, “FALTA DE CONHECIMENTO”, ou simplesmente ignorância da pessoa quem as pratica, no sentido de saber o que é certo e fazerem errado por simples comodismo, e ignorarem o que aprendem.

Portanto, o aprendizado na dança do ventre não poder ser ignorado, tem que ser levado em consideração. As vezes tenho a impressão, que tudo o que eu aprendi em anos de dança e pesquisa da cultura está perdido, que tudo o que eu conheço está ultrapassado, e sem importância, que o que importa agora, são essas sandices que vemos todos os dias em redes sociais e internet, uma dança sem escrúpulos, sem embasamento teórico, sem o que eu tanto amo que é o tradicional.

 

Meninas cuidado com o que vocês compram, as vezes podem levar gato por lebre!

Ou melhor, dizendo, enganação por tradição.


Tempestade Lunar

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Selo de “qualidade”... Será?!?!?!


 

Quantas vezes vemos “Belly dancers”, dançarinas de dança do ventre, exibindo seus selo de qualidade, pelas redes sociais, pelas propagandas, pelos eventos  que são tão corriqueiros na vida de quem é  do meio... Muitas vezes nos deparamos com isso.
Mais até quando... Ou até onde... Realmente este “selo de qualidade”, atesta qualidade da profissional que o exibe?
Será que não somos enganadas, por essa propaganda que fazem, exibindo com tanto orgulho este “selo de qualidade”?
Já presenciei em grandes eventos, pessoas que tinham “selo de qualidade” e tanto nome no meio da dança, que em uma coreografia tentou fazer um fusão e sai uma tremenda “confusão”, e detalhe, essa pessoa exibe e faz questão de falar que tem o tal “selo de qualidade” e tradição de mais de 20 anos na dança do ventre... Que tradição é essa?
Estas situações são mais comuns do que pensamos, não são casos isolados. São equívocos (se é que assim posso chamar tamanha burrice) corriqueiros, que pessoas assim que se intitulam “profissionais” fazem.
Enquanto que existem outras profissionais (no sentido literal da palavra), que são realmente detentoras de muita vivência, de muito conhecimento prático e teórico, e são dignas SIM de um selo de qualidade, que não possuem. Muitas vezes, por não se fazer presentes em todos os eventos, até porque isso demanda tempo e dinheiro, ou por não se fazer política em situações como citei anteriormente, ou ainda, por não se vender a qualquer preço para se obter este selo. Lembrando que não generalizo, mas que acontece, na sua grande maioria.
Por isso que fiz a pergunta, até onde esses “selos de qualidade” são dignos de confiança?
No meio da dança, assim como em todos os setores e campos de atuação, existem PROFISSIONAIS E “profissionais”.
Portanto meninas procurem sim um local confiável para fazer suas aulas, mas antes de tudo, veja o currículo da pessoa que está lecionando neste local. Procure saber sua formação. E se tiver este selo de qualidade, e esta fizer jus a este selo, ÓTIMO! Se não cai fora literalmente.
 
“Quem vê “selo de qualidade” não vê FORMAÇÃO”.
 
Cuidado!!!
 
Tempestade Lunar

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Menstruar ou não menstruar? Eis a questão!

 

“Ironia…eu estou sem menstruar há mais de um e sinto-me tão incompleta…vazia umas vezes e intoxicada em outras…Tem sido, contudo, esta amenorreia estranha e prolongada que me está a fazer caminhar em busca de respostas sobre perguntas nunca antes levantadas.
E tem sido um caminho bonito!

No outro dia uma colega de trabalho comentava que por vezes toma a pílula sem interrupções para não menstruar porque por vezes “é inconveniente! Principalmente na praia” (eu fiquei chocada…como??!!! se tudo o que desejo é sangrar como antes… é ter os meus ciclos de novo comigo…)
E…CARAMBA…. QUE SAUDADES TENHO DO MEU SANGUE!!!” (Um depoimento feminino)
menstruarA questão de menstruar ou não menstruar cabe unicamente à mulher e à sua decisão e a mais ninguém. Eu sou um tipo de mulher que é a favor da menstruação como um caminho de autoconhecimento para o Sagrado Feminino e portanto não abro mão do ato de menstruar. O sangue é o ouro vermelho da vida feminina que pulsa vida e gera vida.
Se pararmos para pensar, somos as únicas capazes de sangrar sem morrer e mesmo assim continuar sangrando mês a mês e a reconstituirmos-nos mensalmente, preparando-nos para a chegada de um novo ser que pode ser que venha e que podemos abraçar com todo o nosso afeto.
A menstruação é um rito de passagem pelo qual atravessamos mês a mês, vida e morte mês a mês, renovação mês a mês, renovação de valores e idéias mês a mês, e é nisto que devemos pensar e sentir quando menstruamos e nos resguardamos neste período tão sagrado para nós mulheres.
No mundo moderno, nem sempre é possível o período físico de resguardo da Deusa arquetípica que guarda a todas nós mulheres, mas é possível resguardar mentalmente as nossas atitudes mentais concernentes a este período tão marcado pela tensão de nossos dias tão delicados, preservando o silêncio e a respiração profunda nas horas mais necessárias. Evitar o esforço físico quando o corpo se sentir debilitado também é uma alternativa recomendada para o dia em questão, e um pouco de repouso no final do dia sempre faz bem.
Sentir o fluxo sanguíneo descer pelas paredes vaginais pode ser tão emocionante quanto tomar um um leite quentinho numa manhã de inverno. Se a dor acompanhar o processo, certifique-se de ter em mãos uma bolsa de água quente para aliviar o processo ou a aplicação de um reiki com as mãos para tornar tudo mais leve e confortável.
O importante, é aceitar o fluxo menstrual como um processo natural de seu corpo feminino, de seu corpo de mulher, pelo fato você ser fêmea, e se orgulhar disso. A dor é apenas o resultado de anos de crenças patriarcais mentirosas jogadas em nossos subconscientes femininos de que somos sujas e culpadas por sermos mulheres e por sangrarmos para termos nossos filhos. Vamos tirar essas idéias de nossas cabeças – não vai ser fácil, mas não será impossível. Nada que umas boas terapias não resolvam!
 
 
Fonte:http://sendadaindividuacao.wordpress.com/2014/02/10/menstruar-ou-nao-menstruar-eis-a-questao/