sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Simbolos Celtas - cont.


Triskelion ou Triskel



Triskelion é considerado um antigo símbolo indo-europeu, palavra de origem grega, que literalmente significa "três pernas", e, de fato, este símbolo nos lembra três pernas correndo ou três pontas curvadas, uma referência ao movimento da vida e do universo. O número três era considerado sagrado pelos celtas, reforçando o conceito da triplicidade e da cosmologia celta de: Submundo, Mundo Intermediário e Mundo Superior.

O triskelion também é conhecido por triskle ou triskele, triqueta, triskel, threefold ou espiral tripla, e possui dois grandes aspectos principais de simbolismo implícitos em sua representação, que são: - Simbologia ligada ao constante movimento de ir, representando: a ação, o progresso, a evolução, a criação e os ciclos de crescimento. - Simbologia ligada às representações da triplicidade: Corpo, Mente e Espírito; Passado, Presente e Futuro; Primavera, Verão e Inverno...



Os ciclos de transformação.
Os nós celtas são variantes entrelaçadas destes símbolos do mundo pré-céltico e céltico.



Representação dos Três Reinos Celtas


Sendo o número três, sagrado para os celtas, ele nos liga aos reinos do Céu, da Terra e do Mar – elementos que compunham todo o mundo – e por sua vez formavam os três reinos celtas, que eram vistos da seguinte forma: - O Céu, que está sobre nossa cabeça e nos oferece o Sol, a Lua, as estrelas e as chuvas que fertilizam o solo.


- A Terra, que está sob nossos pés e nos dá o alimento, nos abriga e faz tudo crescer - são as raízes fortes das árvores.


- O Mar é a água que está em nós, representa o Portal para o Outro Mundo, que sacia a sede e nos dá a vida - sem a água tudo perece e morre. Sendo os três elementos interdependentes, onde cada um possui seu significado próprio, mas que dependem um do outro para continuar existindo, permitido assim, que o nosso mundo também exista em perfeita interação.


Essa cosmologia não-dualista é bem diferente dos quatros elementos e da visão grega de "céu e inferno", pois os celtas viam tudo na forma de tríades. Além disso, cada reino era relacionado a um grande caldeirão sustentado por três pernas, que por sua vez, também possuíam três atributos diferentes. Os três mundos são compostos da seguinte maneira:


- O Outro Mundo ou Submundo: onde os antepassados, os espíritos da natureza, as Deusas e os Deuses vivem.- O Mundo Mortal ou Mundo Intermediário: onde nós e a natureza vivemos.


- O Mundo Celestial ou Superior: onde as energias cósmicas como o Sol, a Lua e o vento se movem, associadas aos Deuses. As três pontas do triskelion eram associadas ao fluxo das estações que representam também os Três Reinos Celtas: Terra, Céu e Mar. E numa versão mais moderna, às três fases da Lua: Crescente, Cheia e Minguante.


Com as mesmas características observadas nas espirais, seu movimento, também, pode ser no sentido horário ou anti-horário. Simbolicamente, o sentido horário: representa a expansão e crescimento e o sentido anti-horário: a proteção e o recolhimento.


"Tendo em consideração o número três, símbolo sagrado dos Celtas, o qual tanto se apresenta com a forma de tríade como de triskel, a tripla espiral que, girando à volta de um ponto central, simboliza por excelência o universo em expansão." Jean Markale - A Grande Epopéia dos Celtas.


De um modo geral este símbolo está associado ao crescimento pessoal, ao desenvolvimento humano, o fluir da consciência e da expansão espiritual.


Aos poucos vamos adentrando nos mistérios que envolvem os símbolos.



Fonte: http//templodeavalon.com.br






terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Curiodidades - Celtas - O significado dos símbolos

Os símbolos são emblemas, sinais ou figuras que naturalmente evocam uma aura de mistério e magia. Muitos dos símbolos que hoje conhecemos, são traduções de sinais perdidos no tempo, baseados em suposições e analogias.

Apesar de todas as descobertas de arqueólogos e antropólogos, ainda é difícil saber realmente a diferença entre o fato e a ficção.
Os símbolos, assim como toda a cultura celta, eram sagrados e por isso, transmitidos apenas através de rituais, contos, músicas e danças, mas jamais pela palavra escrita. Alguns registros escritos remanescentes dos celtas são muito escassos e, na sua maioria, descritos pelos romanos durante a ascensão do Império Romano e por monges da Idade Média. Portanto, observemos os símbolos celtas de forma simples, seguindo apenas a verdade e a intuição de nossos corações.
Espirais Celtas
As espirais celtas são encontradas em vários artefatos e construções antigas, o seu significado reside na beleza e na simplicidade dos seus traços. Geralmente, representam o equilíbrio do universo dentro de nós, ou seja, o equilíbrio espiritual interior e a consciência exterior.
Elas formam um padrão que começa pelo centro e se deslocam para fora ou para dentro, conforme a sua configuração. Esses movimentos podem ser observados no sentido horário ou anti-horário.
As espirais com movimentos no sentido horário estão associadas ao Sol e a harmonia com a Terra ou movimentos que representam à expansão e à atração. Por outro lado, as espirais com movimentos no sentido anti-horário estão associadas à manipulação da natureza e aos encantamentos que visam à interiorização e à transmutação de energias, assim como a proteção.
Lembrando que entre os celtas, mover-se em torno de um objeto em sentido anti-horário era considerado como mau agouro.
Os antigos montes de Newgrange, Knowth, Dowth, Fourknocks, Loughcrew e Tara, na Irlanda, são exemplos maravilhosos de espirais celtas, conhecidos como "As Espirais da Vida", que representam de um modo geral o ciclo da vida, da morte e do renascimento... A eternidade da alma!
Não Percam os próximos capítulos.. sobre o assunto...
Beijos dançantes...
Referência

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012


É o que eu sempre digo...

Tempestade Lunar

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O que é ser mulher?



Um dia, me perguntaram como é ser mulher nos dias de hoje e eu respondi que ser mulher é aprender.

Percebi que a minha resposta não tinha sido tão clara e satisfatória.

Tentei me explicar e disse, orgulhosamente, que ao longo de muitos anos a mulher aprendeu a não mais andar de joelho curvado e de cabeça baixa.... Aprendeu a levantar sozinha e a enxugar as próprias lágrimas.

Ela percebeu que podia ser muito mais do que as pessoas lhe diziam.

Aprendeu a tirar a roupa e a se mostrar sem medo e percebeu que também sentia desejos e que gostava de senti-los.

E, andando com as próprias pernas, ela entendeu que havia espaço suficiente para ela em qualquer lugar e decidiu ocupá-los.

Ela não se intimidou com o longo caminho que iria percorrer para fazer com que os outros entendessem que ela tinha direito aos direitos que lhe cabiam.

E ela, na sua magnífica força e coragem, aprendeu a ser livre, a gritar quando tem vontade, a chorar quando precisar chorar e a sorrir mesmo quando a situação não permitir sorrir.

Mas, acima de tudo, aprendeu a ser forte.De calça comprida, salto alto, com rosto pintado e cabelos escovados.

Ela aprendeu a ser muito mais do que uma mulher vaidosa.Aprendeu a ser idealista, determinada e precisa.Aprendeu a falar alto quando necessário.

Mas não foi só isso. Ela aprendeu muito mais...

Aprendeu com a vida, com a situação, com a dor (a não ser apenas uma reprodutora e esposa).

Aprendeu que ela é uma parte importante na história, alguém que poderia ultrapassar, com ousadia e coragem, os limites da hierarquia.

Ela ensinou aos outros a terem respeito pela sua luta e alguns assim entenderam, outros não.

Ela aprendeu a tomar conta de si mesma, a tomar decisões e a não ter medo de dizer: "Eu posso".

Aprendeu que não se deve ter vergonha do sexo, nem de dizer que gosta de sexo.

Aprendeu a tomar iniciativa e a dizer "não" quando necessário.

E percebeu que pode se prevenir e decidir a hora certa de ser mãe sem ser pressionada.

E, perante os olhos intimadores dos homens e de tamanha curiosidade, ela levantou a cabeça e mostrou que não era uma boneca de porcelana, mas que podia ser quebrada várias vezes e que sempre conseguia se juntar sem perder nenhum dos pedaços.

Isso é ser mulher!




Tempestade Lunar