quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Danças Folclóricas - Dabke


A palavra dabke significa "bater o pé no chão". É dançado no Líbano, Síria, Jordânia e Palestina. Pode ser feito só por homens, só por mulheres ou por ambos, dependendo da tradição local. É feito em filas que podem se quebrar em formações. Os dançarinos podem dar as mãos ou colocá-las no quadril, com os cotovelos para fora. O líder é quem determina os passos da dança, guiando da ponta da fila girando seu lenço branco no tempo da batida.
Quando os outros dançarinos estão acompanhando devidamente, ele começa a enfeitar o passo que acabou de criar com pulos, giros e viradas em que for hábil. Ele pode sair da fila e se mover nela para fazer passos sozinho ou desafiar os outros a dançarem sozinhos. O líder fica na ponta direita da fila, mas há pelo menos uma exceção notável, que é a "hora/debka" israelita, onde o líder fica na ponta esquerda da fila e esta move na direção oposta. O ritmo pode ser uma marcha reta e batida de pé, ou pode vir intrinsecamente sincopado. Os movimentos dos dançarinos variam de uma pisada à frente a um passo contínuo simples, dobrar o joelho várias vezes, uma combinação de pulo e chute e o batimento ritmado com o pé. Há também pulinhos, saltinhos e movimentos trabalhados com os pés. O líder pode rodar um guardanapo ou lencinho. O sentimento (sensação) da dança é ditado pelos músicos – particularmente o flautista tocando o Nai – e pelo RAS (líder). A vantagem da flauta na dança é que aquele que a toca também pode participar. Às vezes seu toque parece levar os dançarinos a um transe onde eles andam arrastando e sacudindo por muito tempo sem mudar o passo. Outras vezes ele pode incentivar pulos e gritos até a exaustão. Essa dança é realizada por grupos profissionais em apresentações e também por pessoas comuns em casamentos e festas. É gostosa de dançar e linda de assistir. Há semelhanças com outras danças, como o Hasapiko rápido grego (não o Vari Hasapiko), Macedonian Oro, Bulgarian Horo, que são todos baseados no mesmo padrão passo-passo-passo-chute-passo-chute.


curiosidade: Tasha Banat diz que o dabke às vezes é dançado com um bastão, mas que não tem nenhuma relação com o Tahtib ou dança da bengala egípcia (Saidi). Ele diz que quando um galho reto de oliva é encontrado (algo muito incomum, devido ao jeito que as oliveiras crescem) é considerado sinal de boa sorte. O ramo pode ser retirado da árvore e esculpido em forma de uma bengala sem gancho, geralmente em espiral. Então ele é levado durante a dança e pode ser balançado ou segurado no alto, para enfatizar, mas não é usado como instrumento marcial como o Assaya é no Tahtib... é apenas um símbolo de boa sorte.

A Dança do Vilarejo Libanês


Imagine-se andando numa Vila cheia de pessegueiras, macieiras e plantações de Uva, e sentindo o aroma da colheita de meio de Setembro. Isso, meus amigos, é um vilarejo encontrado no Líbano seguindo as tradições que seus ancestrais deixaram. Vilarejos Libaneses são famosos por muitas de suas tradições ancestrais e com honra as carregam de geração para geração. Muito disso consiste da cooperação da família e neste caso toda a Vila se torna uma FAMILIA.No meio de Setembro, famílias se encontram nos seus campos, para celebrar a temporada de colheita do Vinho. As uvas colhidas das Parreiras foram separadas, algumas para fazer Arak , algumas para Vinho, outras para Vinagre e o resto para fazer doces de Uvas. O ar está tomado pelo delicioso aroma do suco de Uva que está sendo aquecido ao fogo.
Algumas mulheres recheiam suas belas travessas com tabouleh, hummus, babaghanouj, folhas de uva e uma coleção de petiscos, frutas, e pães. Outras andando balançam seus jarros de água sobre as cabeças com elegância.
Os jovens rapazes e moças, vestindo roupas festivas, vão com suas mães conhecer os membros mais velhos de sua família nos campos. as jovens mulheres estão vestidas em esvoaçantes calças e camisas e longas vestimentas; véus e lenços com bela decoração e adornos nas cabeças. Os homens estão vestindo seus sherwals e labbadeh (calças largas e chapéus típicos) com vestimentas coloridas sobre suas camisas e botas.
Um homem idoso entra em cena carregando um derbake(um pequeno tambor feito de um cilindro de madeira e pele de carneiro esticada), seguido de uma turma de outros com seus nay e mijwiz (o nay é uma flauta de bambu simples longo e o mijwiz é uma flauta dupla mais curta).
A música começa a tocar, e a brisa fresca da tarde de Setembro está em todo lugar. Alguns homens e mulheres seguram as mãos e começam a dançar para a entonação Dalunah, a base de todos os Dabkes (para bater no chão com um dos pés), enquanto outros batem palmas criando o ritmo apropriado. Então se abre caminho para o canto improvisado; uma mulher entra em cena com um jarro balançando sobre sua cabeça e é seguida por outras, como que competindo. Então os homens tomam parte com suas espadas, fazendo a dança da espada para o ritmo do mijwiz. Conforme o tempo vai passando, os mais velhos vêm participar também, segurando as mãos com os mais jovens formando uma linha unitiva e fazendo o mesmo passo. O homem e mulher nas estremidades opostas da linha fazem passos diferentes para mostrarem quão competentes, ágeis e graciosos eles são. O resto da turma bate palma e canta para revelar sua felicidade.
Um homem idoso chama e anuncia que o suco de Uva já esquentou e já esfriou, eles podem bebe-lo. Aqui a atmosfera está recheada com ululação para os homens responsáveis pelo suco e para as mulheres que preparam a comida. E conforme a ululação continua o tempo do Dabke aumenta.
Felizmente, de todas as tradições libanesas essa cena não morreu, especialmente nos Vilarejos.
O Dabke é uma dança nacional Libanesa que é levada em todo Clube, restaurante, ou festa.

Sua História

Em tempos antigos, antes de forros estáveis serem instalados nos lares Libaneses. Seus forros planos eram feitos de galhos de árvores que eram tapados com barro. Quando vinha a mudança de estação, especialmente o inverno, o barro iria rachar e iriam começar as goteiras e era necessário um conserto. O dono da casa iria chamar seus vizinhos para ajuda- Al-Awneh- e os vizinhos iriam subir no forro. Eles seguravam as mãos, formavam uma linha e começavam a bater os pés enquanto caminhavam sobre o forro com a finalidade de ajustar o barro.Depois de um tempo, Al-Awneh, ficou conhecido como Dalunah, uma forma improvisada de Dabke cantado e dançado. Um derbake, nay e um mijwiz foram adicionados para manter os homens trabalhando no tempo frio (isso estimulava maior energia pela pressão sanguínea). Conforme o tempo emergiu, a dança Dabke se tornou uma das tradições Libanesas mais famosas. Hoje o Dabke é performance em toda casa Libanesa. O Dabke anima a vida, quando amigos e parentes se juntam em volta do mezze Libanês com arak ou vinho e começam a praticar a dança.


Tempestade Lunar
(Viviane Braga)

2 comentários:

Cindy Ariela disse...

Ai adoro dabke comecei a fazer aula faz pouco tempo os exercicios são puxados mas é muito legal a aula beijokas

As sacerdothisas disse...

Eh muito legal mesmo... eu sou suspeita pra falar... bjos...

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