A dança do ventre na sua forma:
Tradicional e moderna...
A dança do ventre vem
de uma história milenar, e que ao longo do tempo vem crescendo, se desenvolvendo,
e se modificando, graças aos lugares por onde passa, pelas pessoas que a
interpretam e pelos significados e particularidades de cada profissional.
Mas até onde isto é benéfico,
para sua tradição, para sua história tão rica e embasada culturalmente?
Na minha humilde opinião,
algumas coisas ditas “modernas” deveriam ficar longe do tradicional, pois
denigre a imagem do que esta sendo modificado ou caracterizado. Sem contexto
nenhum, pessoas são submetidas a fazerem coisas que não fazem parte da cultura
da dança do ventre, por dinheiro, ou simplesmente manipulação midiática.
O clássico na dança do
ventre se remete ao tradicional, ao simples. Quando vemos a Dina dançar, por
exemplo, ou quaisquer outras precursoras da dança, vemos movimentos de quadril,
simples e complexos, e não vemos, por exemplo, muitos arabesques e movimentos do ballet embutidos
neles. Já no moderno, vemos tudo isso e muito mais, recentemente, me deparei
com uma imagem em uma rede social, que me chocou, a pessoa estava vestindo um
bojo muito pequeno, e um lenço de quadril somente, numa pose onde aparecia toda
a calcinha, e quando eu questionei quanto a roupa, fui informada de que era
apenas uma performance de caracterização da Dina, apesar do mal gosto dela para
as roupas, temos que ter bom senso. Pessoas fala sério, a dança do ventre já é tão
vulgarizada, porque temos que aceitar essas coisas?
Acredito que a tradição
deveria ser respeitada, principalmente quando se trata de folclore. Porque temos
que ver danças, como a dança do candelabro, sendo feita com o ventre
descoberto, quando a tradição pede que se cubra o ventre? Porque temos que
aceitar homens dançando de saia, quando na cultura isso não acontece, homem
dança com roupa de homem?
Todas essas perguntas,
que em minha opinião, são totalmente relevantes, mas que provém de fatos e
ideias absurdas, podem ser respondidas de uma maneira, “FALTA DE CONHECIMENTO”,
ou simplesmente ignorância da pessoa quem as pratica, no sentido de saber o que
é certo e fazerem errado por simples comodismo, e ignorarem o que aprendem.
Portanto, o aprendizado
na dança do ventre não poder ser ignorado, tem que ser levado em consideração. As
vezes tenho a impressão, que tudo o que eu aprendi em anos de dança e pesquisa
da cultura está perdido, que tudo o que eu conheço está ultrapassado, e sem importância,
que o que importa agora, são essas sandices que vemos todos os dias em redes
sociais e internet, uma dança sem escrúpulos, sem embasamento teórico, sem o
que eu tanto amo que é o tradicional.
Meninas cuidado com o que vocês compram,
as vezes podem levar gato por lebre!
Ou melhor, dizendo, enganação por tradição.
Tempestade Lunar
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