quinta-feira, 14 de abril de 2011

Significado místico da páscoa



O termo Páscoa aparece em várias línguas (em hebraico "pessach", em grego "paskha", em latim "pache", em espanhol "pascua", em italiano "pasqua" e em francês "pâques", por exemplo) simbolizando em todas elas "transformação", "liberdade", "passagem".

Mas de onde surgiu este simbolismo? Por que o Cristianismo resolveu adotar esta festa como sendo uma das representações máximas de suas datas significativas? Para responder esta pergunta teremos que voltar até a época em que o Paganismo era seguido pela sociedade.

Os Pagãos homenageavam nesta época do ano a Deusa Ostera ou Esther − em inglês, Easter − que quer dizer Páscoa, sendo esta Deusa conhecida na Babilônia como Semíramis (ou Ishtar) que vem a ser a fundadora dos mistérios babilônicos, aquela que, juntamente com seu marido Ninrode, pode ser considerada como a co−fundadora de todas as religiões ocultistas existentes no mundo.

Ostera (ou Ostara) é a Deusa da Primavera, em sua mão segura um ovo, além de observar um coelho (que neste caso representa o Deus da Fertilidade, Oastre), pulando alegremente ao redor de seus pés nus. Este ovo é o símbolo de uma nova vida. É o espelho da beleza da natureza, da renovação do espírito e da mente.

A Deusa da Lua, Ishtar, é cultuada em várias culturas e religiões do mundo.

Seguem alguns exemplos: para os Babilônicos − Deusa Ishtar; para os Católicos − Virgem Maria (Rainha dos Céus); para os Chineses − Shingmoo; para os Druidas − Virgo Paritura; para o Egípcios − Ísis; para os Efésios Pagãos − Diana; para os Etruscos − Nutria; para os Alemães (antigos) − Herta; para os Gregos − Afrodite / Ceres; para os Indianos − Isi / Indrian; para os Judeus Apóstatas Antigos − Astarte (Rainha dos Céus); para o Hinduístas − Devaki; para os Romanos − Vênus / Fortuna; para os Escandinavos − Disa e para os Sumérios − Nana.

Quando os Deuses Pagãos foram cristianizados muitas das comemorações e simbologias foram absorvidas, por isso que os símbolos tradicionais da Páscoa têm ligação com esta antiga comemoração.

Sendo assim, a Páscoa sempre representou, independente do local onde é comemorada, a passagem de um período de trevas para outro de luz e isto muito antes de ser considerada uma das principais festas do Cristianismo.

A escolha da data se deu devido ao antigo sistema de calendário lunar, tendo sido a data cristã fixada durante o Concílio de Nicéa, em 325 d.c., como sendo "o primeiro domingo após a primeira Lua Cheia que ocorre após ou no equinócio da primavera boreal".

A tradição esotérica conta-nos que somente os iniciados mais elevados eram capazes de participar dos Mistérios e das energias que ocorrem neste equinócio. Para a maioria das pessoas, incluindo os aprendizes dos Mistérios e os discípulos, as energias celestiais do equinócio eram festejadas por "reflexo" no dia da Lua Cheia.

Vivemos novos tempos onde toda essas energias estão disponíveis para quem quiser recebê-las. Porém as tradições da Páscoa, tal qual conhecemos hoje, são provenientes não só dos Festivais Pagãos da Primavera (como citado anteriormente), mas também da celebração do Pessach (ou Passover), a Páscoa Judaica, sendo esta uma das mais importantes comemorações de seu calendário, já que os judeus celebram, durante oito dias, a saída dos israelitas do Egito durante o reinado do faraó Ramsés II (Ex 12.1−28), onde o protagonista desse evento foi Moisés (o homem comum que descobriu que a Centelha Divina habitava seu coração), o qual comandou seu povo através do Mar Vermelho e do deserto, chegando até o Monte Sinai (lugar em que recebe os dez mandamentos que iriam nortear para sempre a vida de todos os cristãos) para seu reencontro com a Divindade (busca que todos os Iniciados devem fazer: homens comuns transformados em Homens Divinos).

A Páscoa é a época ideal para se entrar em contato com energias que transfiguram a nossa vida. É um período supervisionado pelo Arcanjo Raphael, o guardião do Santo Graal. Nesta época do ano, é missão de Raphael ajudar a aguçar nossos sentidos para que a alma possa realmente ver e conhecer o que no seu caminho ainda é preciso ser feito.

A Páscoa é uma celebração que pode nos ajudar na nossa espiral sempre ascendente. É um tempo de grande celebração angélica, um tempo em que podemos nos ligar mais plenamente com os mensageiros angélicos para ressuscitar nossa vida. Nessa época há um chamado para que os Mestres encarnados despertem para suas tarefas e propósitos. É um tempo em que a energia da música e das flores, pode ser descoberta pelas pessoas que são sensíveis a ela.

É uma época para grande celebração e não de lamentações!


Tempestade Lunar

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