terça-feira, 9 de novembro de 2010

A Dança do ventre para a criança.

Assunto polêmico, muito discutido na rede e entre as profissionais da dança do ventre...


Pode ou não Pode?

Essa é uma questão em que temos que usar bom senso, pois como não existe nenhum artigo científico sobre o assunto, nenhuma pesquisa acadêmica foi realizada até os dias de hoje, portanto não podemos afirmar com certeza e tirarmos conclusões precipitadas.
A dança de uma forma geral traz vários benefícios para a criança. É uma atividade que exige concentração, pois as crianças aprendem a ter respeito a algumas regras da dança, assim como em qualquer outro esporte; desenvolvem a autoconfiança, porque, de certa forma, desafia um pouco o corpo; sociabiliza o contato com outras crianças, dançar estimula disciplina e criatividade nas crianças,obedecer os horários das aulas, zelar pelo uniforme e os acessórios, seguir à risca a coreografia e os ensinamentos.
Para o professor Roosevelt Pimenta, o fator mais significativo no aprendizado da dança é a disciplina. Ele também destaca os benefícios físicos que a atividade gera, além da consciência corporal, musical — “As crianças aprendem a ter gosto pela boa música” — e também um conhecimento maior sobre o aparelho motor. O senso de pontualidade também é destacado pelo mestre.
Na cultura árabe a menina (criança) só deixa de ser criança a partir da sua menarca, a partir deste momento ela começa a ser preparada para sua vida adulta e obrigações de mulher que é, então é introduzida a dança do ventre, afim de que ela seja preparada para gestações sem problemas e parto naturais e sem dor. A dança do ventre também traz esse benefício, porque tem movimentos que massageiam os órgãos abdominais. Além, de trabalhar a sensualidade e a sexualidade da mulher. Se aplicarmos isso para a criança podemos estar trabalhando um lado, que para a criança ainda não pode ser desenvolvido.
No Oriente a dança faz parte da vida cotidiana e funciona como uma grande brincadeira. Dança-se em casa ouvindo música ou cantando, e não existe o sabor que a dança assumiu aqui no Ocidente, como arma de sedução. Meninas muito jovens, pequeninas mesmo, às vezes, com 5 ou 6 anos, já arriscam seus passinhos e demonstram, de forma natural, uma consciência apurada e fresca da leitura musical. Este é um presente que apenas aquelas que nascem dentro do meio recebem.
As antigas tradições têm sua razão de ser, os movimentos da dança do ventre são muito eficientes e benéficos, mas, mal direcionados podem causar sérios danos ao funcionamento dos órgãos abdominais (reprodutores, digestivos, respiratórios), além de outros causados por qualquer exercício errado: coluna, ligamentos, articulações, etc.
A criança por estar em constante desenvolvimento, precisa ser bem direcionada na dança ou em qualquer tipo de atividade física...
Portanto se sua filha se interessa pela Dança do Ventre, gosta e pede para fazer aulas, procure alguém com capacidade para tal. Um profissional bem conceituado e interessado no desenvolvimento da criança de uma forma plena e não só preocupado com a beleza da dança.

Então podemos atentar para algumas “regrinhas” básicas para que sua filha não saia prejudicada das aulas de Dança do Ventre...

*As aulas devem ser somente para crianças e de preferência na mesma faixa etária.
*Não se deve exigir técnica especifica para dança
*Controlar a ansiedade da criança e da mãe para que ela dance com excelência.
*A mãe deve acompanhar as aulas para se certificar que sua filha está mesmo com uma ótima profissional.
*A brincadeira deve estar sempre presente nas aulas, o aprendizado tem que ser feito de maneira prazeirosa.
*Em apresentações, não deixe que a menina se torne uma mini adulta, a roupa tem que ter a carinha da criança, portanto saias não são uma boa ideia, melhor optar pela calça, estilo Gênio, “fofinha” e sem transparências, não usar bostiens e sim tops com manguinhas e menos curto. Maquiagem o mais natural possível, sem carregar de mais.


E lembrem-se

“Criança tem que fazer coisa de criança”


Não acelerando o processo, ela terá uma ótima e aproveitada infância.



Tempestade Lunar

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