quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Homenagem aos Pais



Certa noite, acordei chorando.
Meus olhos o buscavam com muita ânsia de encontrá-lo. Quando mais que rapidamente, entrastes pela porta adentro; com a respiração ofegante vindo em minha direção.
Recordo-me que te abracei e de olhos ainda fechados, não sabia o que te dizer, apenas te sentia bem próximo a mim.
E minhas lágrimas cessaram com a tua presença.
Ainda me recordo das balas trazidas por ti, em suas viagens... Da chegada, sempre acompanhada de um abraço; do suor em tua face e da alegria de retornares ao lar. E quando me olhavas com o ar sério para me chamar a atenção, terminavas querendo saber se tudo já estava bem. Recordo-me também da única vez que te vi chorar... Foram lágrimas que hoje talvez, entenda o motivo: “excesso de amor”!
E aí o tempo passou... passou... E tu continuas aí: me observando; me esperando gritar o teu nome... Sempre de prontidão...
Só que hoje pai; hoje eu cresci... Não só no tamanho, mas na idade também... Os olhos ainda são pequenos, mas meus sonhos são maiores... E mesmo sabendo, que estás ai; quero hoje caminhar sem teus braços a me amparar...
Quero tropeçar e depois continuar...
Quero cair e depois levantar...
Quero chorar e depois sorrir...
Quero perder de depois ganhar...
Quero não ser e depois ser...
Quero correr o mundo e voltar ao ponto de partida...
Quero simplesmente erra para depois acertar...
Quero brigar para depois amar...
Quero sentir frio para depois sentir calor...
Quero me molhar para depois me secar...
Quero olhar para você e dizer não somente pai, mas poder dizer junto deste pai, um pai e amigo.
Um amigo, que quando me acolhia nos braços nas noites de tempestade, secava minhas lágrimas e ao meu lado ficava até o sono chegar, e que em minha adolescência dava broncas, que ao me tornar adulto recebi todas elas como os mais preciosos conselhos.
Um pai que me viu chorar e secou minhas lagrimas e que junto com o meu mais feliz sorriso foi capaz de sorrir, que me ensinou a dar valor aos mais profundos suspiros, mais que nunca me deixou esquecer das minhas perdas de folego.
E se algum dia te fiz esquecer do quanto és importante, te garanto que passarei aos meus filhos sua grandeza de pai e sua magnitude de avô.
Posso gaguejar e não ter coragem de falar mais, a cada abraço que lhe dou é minha vontade de dizer ...


EU TE AMO PAI!!!






Tempestade Lunar

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