terça-feira, 15 de março de 2011

Tremidos e shimmyes


Levando em conta que em tempos muito antigos a dança era a representação da natureza, as mulheres observavam e reproduziam os movimentos da natureza em forma de dança para estabelecer uma comunicação com os deuses e deusas.
Analisando a paisagem, a natureza dos país árabes, podemos dizer que muito provavelmente ao observar os ventos batendo em suas tendas, em seus rios ou em suas vegetações, esse movimento de tilintar foi reproduzindo em forma de shimmyes alternando os joelhos.
Algumas professoras dividem o Shimmy do Tremido, considerando que o primeiro acontece derivado da alternância dos joelhos e o segundo da contração dos músculos.
Toda estudante de dança do ventre que conheço tem como desafio pessoal, em sua busca por uma boa dança, realizar o tremido de forma primorosa e sem sofrimento.
No começo tudo parece difícil demais, você força, força, chacoalha e nada, sai um tremido contido e sofrido, mas nem poderia ser diferente, para a boa execução do tremido precisamos lidar com dois opostos, a tensão e o relaxamento, tencionamos a coxa e relaxamos o quadril, e isso não é fácil conseguir de primeira.
Inicie o movimento alternando rapidamente os joelhos num curto espaço de tempo. Aos poucos o quadril começa a vibrar e todo o corpo parece tremer. A partir desta codificação básica do movimento, a dançarina poderá unir o shimmy aos movimentos de ondulação ou experimentar alternâncias de peso e arriscar pequenos deslocamentos.
Em aulas de derbaque e técnicas de quadril com diversas professoras, aprendi várias formas de tremer, mas honestamente, acho isso desnecessário, para mim basta saber tremer de uma única forma em diversas velocidades e intensidades, e conseguir trabalhar o tremido com ondulações, deslocamentos dentro do seu objetivo na música.


Tempestade Lunar

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