quarta-feira, 23 de março de 2011

EQUINÓCIO DE OUTONO, QUANDO A VIDA DESACELERA...

Olá, queridas(os) leitoras(es), como passaram esses meses festivos?

Espero que todos tenham aproveitado essas festas sob as bençãos de todos os Deuses!
Sempre falo aqui sobre as datas marcantes para todas as culturas não é? Então hoje falarei sobre o Equinócio de Outono que vem a ser o começo do fim ou seja, quando a vida que estava até o presente momento em constante fervor e movimento principia à declinar morosamente se preparando para os meses de inércia e hibernação que está presente no outono e com maior força no inverno. Os fluxos de energia tornam-se mais suaves, profundos e mais velados.
No Egito nessa época, tinham uma cerimonia chamada do Acender o Fogo, festival esse onde era costume acender lanternas e tochas que colocadas diante de cada estátua das divindades e de ancestrais. Thoth, era o Senhor das Palavras Sagradas e Inventor das Quatro Leis da Magia e um deus lunar conhecido tambem como Mago Supremo, aquele que possui controle sobre as energias e os atributos da Lua.
No velho Império Inca, ocorria durante a primeira Lua Crescente dessa epoca a cerimonia chamada Citua, onde todos executavam um ritual de limpeza (tanto física, material como espiritual) e em seguida espalhavam em suas faces um creme a base de milho moido. O milho para os Incas era muito importante e cultuado por ser a base de sua alimentação e para eles o representante na terra do deus Sol.
Em homenagem a deusa da Lua Mama Quilla, seguiam-se vários dias de festividades com danças.
Na Índia a deusa Gauri (a Bela) era homenageada nessa época. Para eles ela era considerada um dos aspectos da deusa Durga. Gauri era homenageada com cantigos e doces feitos com mel, que eram distribuidos as pessoas e comidos por todos para assim adoçar a alma.
Na Grécia a deusa honrada era Demeter, Kore-Persefone e a criança sagrada Iaco. Esse festival chamado a Grande Eleusinia só podia contar com a participação dos inciados que se comprometiam a fazer votos de silêncio sobre o que ocorria nesses festivais.
Na China acontecia o festival de Yue-ping, mais precisamente durante a Lua Crescente e Cheia. As pessoas faziam bolos redondos e decoravam com figuras de mulheres, lebres ou árvores. A deusa era chamada de Ch'ang-O a Mãe Lua.
Então, podemos verificar que em várias culturas, esta é uma época onde se observa a calmaria que sempre vem após muita movimentação, movimentação esta ocasionada pelo verão e primavera onde toda a vida pulsa a procura de fervor, reflorescimento, nascimento, frutificação!
Agora é o momento de pararmos um pouco e procurar mais serenidade para o nosso dia dia. Vamos fazer como nossos ancestrais sempre tão sábios e os animais sempre em harmonia com a Mãe Natureza, diminuir na medida do possível, algumas atividades, centrarmos no nosso eu, interiorizarmos esse momento que será apenas durante as duas primeiras semanas do Outono, onde as energias estão ainda sendo reprogramadas em nossos corpos, mentes e vidas, para assim recebermos essa nova estação do ano com muita energia, amadurecendo ideias e sentimentos para que possam se enraizar e frutificar na proxima estação.

Muita luz em seus lares, lírios e chá de erva doce com mel, fará com que a nossa maneira estejamos homenageando esta estação que se inicia!

Um forte e fraternal abraço a todos e que a energia do Outono preencha seus lares e coraçoes!

Beijos dançantes
Terra Majestade
Tempestade Lunar

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