sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O conceito de Deus no Islam

É conhecido o fato de que qualquer língua possui um ou mais termos que são empregados em referência a Deus e às vezes a divindades inferiores. O mesmo, contudo, não sucede com a palavra Allah. Ela designa o nome pessoal do Único Verdadeiro Deus. E ninguém mais poderá ser chamado de Allah.
O termo não possui número ou gênero. Isto demonstra a sua unidade quando comparado com a palavra Deus que pode ser transformada em plural, deuses, ou feminino, deusa.
É interessante notar que Allah é o nome pessoal de Deus em aramaico, a língua de Jesus e língua irmã do árabe.
O único e verdadeiro Deus é o reflexo do conceito único que o Islam associa a Ele. Para um muçulmano, Deus é Onipotente, Criador e senhor do Universo. Que não é semelhante a nada, e nada é comparável a Ele. O Profeta Mohammad foi interrogado pelos seus contemporâneos quanto a Deus: a resposta surgiu diretamente do Próprio Deus em forma de uma pequena surata do Alcorão, que é considerada a essência da unicidade, ou a divisa do monoteísmo. Nela se lê:

“Disse: Ele é Deus, Único! Deus, o absoluto! Jamais gerou ou foi gerado! E ninguém é comparável a Ele!”

(112ª Surata, versículo 1-4).


Alguns não muçulmanos alegam que o Deus do Islam é severo e cruel, e que exige obediência total; não é amável e bondoso. Nada pode ser mais absurdo e estar mais afastado da verdade do que esta alegação. É suficiente sabermos que, com exceção de uma, todas as restantes 113 suratas do Alcorão principiam com a frase:
“Em nome de Deus, o clemente e misericordioso”.
Numa das afirmações do Profeta fomos informados que “Deus é mais amável e bondoso que uma mãe para com o seu querido filho”.
Mas Deus é também justo. Consequentemente, os malfeitores e pecadores devem merecer a devida parte de punição, e os virtuosos a sua recompensa e seus favores. Na verdade, o atributo de Misericordioso possui total manifestação no seu atributo de justo. Pessoas sofrendo pela sua causa, durante toda a sua vida, não devem de maneira alguma merecer tratamento semelhante por parte do seu Senhor. Esperar um trato semelhante para com essas pessoas significará negar a realidade de ajuste de contas do homem na vida do Além e, através disso, rejeitar todos os incentivos para uma vida moral e virtuosa neste mundo.
O Islam rejeita a caracterização de Deus em qualquer forma humana, ou descrevendo-o como favorecendo certos indivíduos ou nações com base na riqueza, na raça, ou no poder. Ele criou os seres humanos em igualdade. Eles devem-se distinguir entre si e obterem o seu favor somente através de virtudes e piedades. O conceito de que Deus descansou no sétimo dia da criação, que Deus é conspirador e invejoso da humanidade, ou que Deus está encarnado em qualquer ser humano é considerado blasfêmia sob o ponto de vista islâmico.
O simples uso da palavra Allah com o nome pessoal de Deus é o reflexo da ênfase islâmica quanto a pureza da crença de Deus, que é a essência da mensagem de todos os seus mensageiros. Devido a isso, o Islam considera a associação de qualquer divindade ou personalidade com Deus como um pecado mortal que jamais será perdoado, apesar do fato de Ele vir a perdoar todos os pecadores restantes.
Nenhuma criatura caminha sobre a terra, sem que a sua provisão esteja sob a responsabilidade de Deus. Ele lhe concede a morada e o repositório.


Fonte: Folheto nº9 do Centro de Divulgação do Islam para América Latina.

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