quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Equinócio e Deusas da Primavera


O Equinócio no hemisfério Sul é chamado de Austral e marca a chegada de uma nova bela estação no mês de setembro.
No próximo dia 22/09 aconteceu o Equinócio. O Sol cruzou o equador celeste e a noite e o dia terão a mesma duração de 12 horas. Essa especial data do calendário, que no hemisfério Norte ocorre no mês de março, é motivo de comemoração pela chegada de uma estação cuja característica de renovação e esperança é retratada pelo colorido das flores que enfeitam o planeta.
Este é um momento de regeneração das energias com a bênção dos campos e das sementes, onde o dia e a noite se tornam iguais, portanto, uma data de maior equilíbrio e reflexão interior.
É a presença de mais um ciclo de vida na Terra revelando todo esplendor da maravilhosa criação da natureza. As árvores e plantas que pareciam secas e mortas começam a renascer, novas folhas verdes despontam, as flores desabrocham e anunciam com seu perfume que a primavera já chegou. Nas montanhas, nos campos, no cerrado, no sertão, na mata atlântica, nos jardins e parques das cidades, o florescer do verde e das flores dão o ar da graça e nos convida a contemplar e vivenciar a energia da nova estação.
Muitas vezes esquecemos de observar as sementes, as flores, os frutos e enxergar o sagrado da harmonia, pureza e fertilidade da natureza. Nessa grande Mãe Terra, chamada poeticamente pelos gregos de Gaia, os elementos encontrados nos variados cenários dos continentes sinalizam que fazemos parte dessa força geradora da vida.
Mitos, rituais e símbolos para celebrar a Primavera têm registro em diferentes culturas:
Na Grécia encontramos a Deusa Perséfone; o mito do vento oeste Zéfiro que se apaixona pela ninfa Cloris;
Na mitologia anglo-saxã, nórdica e germânica encontramos Eostre também chamada de Ostera que é a Grande Deusa Mãe da Fertilidade, associada à aurora e a luz crescente da Primavera;
Em Roma, temos a Deusa Flora;
No Japão, o povo que tem adoração pelas flores, em especial a cerejeira, rende homenagens a princesa Kono-hana-sakuya-hime, que segundo conta a lenda, teria caído do céu no Monte Fuji em cima de uma Sakura, nome da cerejeira na terra do sol nascente e assim...
Nos diversos países do hemisfério Norte e Sul a primavera registra sua passagem anualmente trazendo o renascimento da vida para iluminar o cotidiano das pessoas. Aqui no Brasil, de norte a sul, os festivais movimentam a paisagem cultural das cidades com flores, música, dança e gastronomia.
Aproveite a chegada da primavera para despertar sua percepção, olhando, sentindo, ouvindo, contemplando e aprendendo com os encantos da natureza.


Tempestade Lunar

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Porque sou uma Bruxa...


Sou uma Bruxa, porque...

Sempre que abro os olhos, ao despertar, me emociono por mais um dia para viver, livre e comprometida com as coisas e as causas da Grande Mãe. Neste momento, procuro refletir a respeito dos tantos dias que nos foram tirados, por inveja, injúria e cobiça, e peço luzes e força a Deusa Mãe para o dia de hoje.

Sou uma bruxa porque, ao abrir as janelas e respirar o ar da manhã, agradeço à Deusa pelo dom da vida e celebro o Pai ar pela sua presença em mim.

Sou uma bruxa porque, ao me alimentar, celebro aquele bendito alimento e bendigo todos aqueles que contribuíram com seu trabalho para que o mesmo chegasse à minha mesa.

Sou uma bruxa porque, sempre de alguma forma renasce o amor em mim, e minha alma agradecida transmite luz.

Sou uma bruxa porque sempre me envolvo e me comprometo a serviço da justiça e da paz no mundo.

Sou uma bruxa porque estou sempre insistindo em abrir as portas do meu coração, para transmitir os ensinamentos dos antigos e facilitar o despertar da grande arte nos corações dos que me cercam.

Sou uma bruxa porque estou sempre acendendo um fósforo sem maldizer a escuridão.

Sou uma bruxa porque busco a verdade sem jamais me conformar com a mentira e o subterfúgio.

Sou uma bruxa porque sempre renuncio ao egoísmo e procuro ser generosa.

Sou uma bruxa quando sorrio para alguém, mesmo estando muito cansada, pois conheço o valor do sorriso.

Sou uma bruxa quando preparo um chá que vai curar, ou pelo menos amenizar a enxaqueca daquela vizinha chata.

Sou uma bruxa quando tomo um animal em meu colo para lhe amenizar a dor. Quando planto e colho uma erva e agradeço a Gaia por tamanha dádiva.

Sou uma bruxa quando persigo a luz de uma estrela com o olhar e o coração nas trevas que nos circundam. Quando levo a fé nos Deuses por entre linhas, apenas com minhas ações.

Sou uma bruxa quando, em rijo, sinto o rio do sangue da vida que escoa nas minhas entranhas. Quando sou fogo que estimula o coito, e água que transforma e modifica cursos.

Sou uma bruxa porque me aconchego no seio sagrado da terra, voltando ao colo sagrado. Quando abro o círculo invocando os ventos do norte, buscando no canal dos antigos o néctar do renascer.

Sou uma bruxa porque quando falo em liberdade me sinto águia. Quando falo de sabedoria me sinto coruja, e quando falo do belo me sinto arara.

Sou uma bruxa porque estou sempre atenta ao perfume, que não posso derramar no próximo sem que também me atinja, e a lei tríplice se faz em mim.

Sou uma bruxa quando vivencio o sabor do pão partilhado. Quando procuro pedir perdão e recomeçar.

Sou uma bruxa quando me recolho ao silêncio perante um julgamento preconceituoso ou injusto a meu respeito, e entrego ao tempo, o único pólo óptico da verdade imutável.

Sou bruxa quando desenvolvo em meu ser a humildade de viver e morrer como o grão de trigo, para depois frutificar searas de luz, de tenacidade e de esplendor.

Sou uma bruxa porque estou sempre ressurgindo das cinzas como Fênix. E assim, retomo a minha vivência concreta, cujo itinerário principal é a minha Deusa interior, forte, guerreira, translúcida, serena e amorosa a despertar em mim.

Por tudo isso sou uma bruxa!




Tempestade Lunar

segunda-feira, 20 de setembro de 2010



"Uma criança pode ensinar três coisas a um adulto: a ficar contente sem motivo,a estar sempre ocupado com alguma coisa, e a saber exigir com toda força - aquilo que deseja".

Paulo Coelho

Danças Folclóricas - Tanura

Lua Mística - integrante do Grupo As Sacerdothisas -
Dança Tanura - Mostra cultural de Danças.

A Dança dos Devixes
Rumi

O 'giro', meditação em movimento feita pelos dervixes Mevlevi, começou com Rumi. Conta a história que ele andava pela seção dos ourives em Konya (na Turquia) quando percebeu uma linda música no som dos martelos. Começou a girar em harmonia com o som, numa dança extática de entrega mas mantendo-se centrado. Ele chegou a um ponto em que o ego se dissolve e entra-se em ressonância com o espírito universal. Dervixe significa 'passagem'. Quando a comunicação flui de presença a presença, ocorre o darshan, com linguagem por dentro da visão. Quando a gravidade puxa com mais força, os dois se tornam um só giro que é molecular e galático e uma lembrança espiritual da presença no centro do universo. Girar é uma imagem de como o dervixe se torna um lugar livre para o humano e o divino se encontrarem. Para alcançar o todo, a parte deve ficar louca. Esse povo sagrado extático, chamados de "matzubs" na tradição sufi, redefine este tipo de loucura como a verdadeira saúde.
Quando viu os dervixes no Cairo, em 1910, Rainer Maria Rilke, o grande poeta espiritual deste século, disse que os giros eram uma forma de ajoelhar-se. 17 de dezembro é celebrado todos os anos como o dia do casamento de Rumi, a noite em que ele morreu e atingiu a união perfeita.

Um giro secreto em nós
faz girar o universo
A cabeça desligada dos pés,
e os pés da cabeça.
Nem se importam.
Só giram, e giram.
Rumi
Coleman Barks, tradutor para o inglês, The Essential Rumi, HarperSanFrancisco, 1995.
Girando...


A palavra dervixe descreve um Sufi que está à porta da iluminação. Um Sufi é um membro masculino da ordem dos dervixes rodopiantes, famosos em todo mundo. É um místico. A palavra Sufi vem da palavra-raiz grega 'sophos' que significa sabedoria. (Segundo o Xeque Abdullah Khalis El-Mevlevi, "...a palavra Sufi...[vem] da palavra árabe Sûf, que significa lã. Outra palavra para Sufis é tassawwuf que significa 'de lã'.")
No Oriente Médio acredita-se que o dervixe está em oração e que seu corpo se torna aberto para receber a energia divina. Os sultões turcos sempre consultavam os Dervixes em tempos difíceis. O girar deles gerava um efeito relaxante e hipnótico no qual os sultões podiam buscar orientação.
Durante essa cerimônia religiosa solene, acredita-se que o poder divino entra pela palma da mão direita, apontada para cima, passa pelo corpo e sai pela palma da mão esquerda, apontada para baixo, em direção à terra. O dervixe não retém o poder nem o direciona. Ele aceita que é o instrumento de Deus e portanto não questiona o poder que entra e sai dele.
Há discussões sobre pra qual lado se deve girar. Alguns pontos a serem observados:
* Comece lentamente, para crescer e depois diminuir novamente.
* Comece andando num giro para a direita (sentido horário) com os braços para baixo rentes ao corpo.
* Depois de alguns giros completos traga a palma da mão direita para cima (braço totalmente esticado) e a palma da mão esquerda para baixo (braço totalmente esticado).
* Continue girando para a direita por algum tempo. (preferencialmente 7 giros completos)
* Então, levante a mão esquerda um pouco acima dos ombros mas não na mesma altura da cabeça. Ao mesmo tempo incline a cabeça de forma que a orelha esquerda encoste no ombro, ainda girando para a direita.
* Tombe a cabeça para a frente, com o queixo perto do peito e os olhos mirando o chão. Os braços continuam altos e você girando para a direita. * Incline a cabeça para a direita, a orelha direita encostando no ombro e você olhando em direção à mão direita. Ainda girando para a direita.
* Tombe a cabeça para trás e olhe para o céu. Ainda girando para a direita.
* Sempre comece o giro pela direita. Só depois de muitos giros você troca a posição dos braços e muda os giros para a esquerda (sentido anti-horário). * Deve-se sempre terminar com giros completos para a direita. As oscilações e círculos de cabeça podem ser no sentido contrário do giro.

Tanura

No Egito, a dança de giros dos dervixes é chamada de Tanura. Lá, ela tem algumas peculiaridades e é onde mais se vê apresentações desta dança. A apresentação da Tanura tem 3 partes: a introdução, que é uma demonstração dos músicos e seus instrumentos; a dança de apresentação da dança da tanura, que é um aquecimento de tipo uma introdução dos dançarinos; e finalmente a dança tanura sufi (Darawishes).
A base filosófica dos giros vem dos Mawlawis, que dizem que o movimento do mundo começa e termina no mesmo ponto, sendo, portanto, circular.
Quando o dançarino da tanura se move, ele é como o sol, e os dançarinos ao redor são os planetas. Ele desamarra e tira quatro saias diferentes durante o final. Seus rodeios simbolizam a sucessão das quatro estações e os movimentos no sentido anti-horário são exatamente como o movimento ao redor do "Kaaba" (o santuário sagrado de Meca).
Na Turquia é comum ver os dervixes com a roupa toda branca, mas na Tanura o comum roupas é mais coloridas.

Tempestade Lunar

terça-feira, 14 de setembro de 2010

"A felicidade não se encontra nos bens exteriores."

Aristóteles

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

CHARUTINHO DE REPOLHO


INGREDIENTES
300g de carne moída
1 cebola ralada
1 dente de alho picado
4 colheres de sopa de salsa picada
Suco de 2 limões
Sal e pimenta síria a gosto
1/2 xícara de chá de arroz
1/2 repolho grande

Molho
3 colheres de sopa de óleo
1 cebola picada1 dente de alho
1 xícara de chá de purê de tomates
2 xícaras de chá de água
Sal e pimenta síria a gosto
3 colheres de sopa de salsa picada
Manjericão ou louro, segurelha, orégano fresco

MODO DE PREPARO
Tempere a carne: coloque-a numa tigela, juntando a cebola, o alho, o sal, a pimenta, o limão, a salsa e o arroz. Misture tudo e reserve, enquanto as folhas cozinham.
Tire as folhas maiores do repolho com cuidado. Corte as partes duras. Leve ao fogo uma panela grande com água, junte sal a gosto e cozinhe as folhas até ficarem macias, mas não derretendo. Para ver se estão boas, experimente enrolar uma delas.

Charutinhos
Esprema um tanto do recheio que caiba em sua mão e coloque-o no centro de meia folha de repolho cozido. Dê uma volta, dobre os lados para dentro e continue a enrolar. Não é necessário prender com palito. Não se preocupe se não ficarem todos do mesmo tamanho.

Molho
Leve uma panela ao fogo para aquecer. Coloque o óleo e refogue a cebola e o alho. Em seguida, junte o purê de tomate e a água e tempere. Coloque os rolinhos na panela e deixe ferver em fogo baixo. Cozinhe por cerca de 20 ou 25 minutos. Sirva com arroz branco.

Dicas
Congelando: coloque os charutinhos e o molho num utensílio próprio para congelamento, com tampa.
Esfrie rapidamente numa bacia com gelo, etiquete (três meses) e leve ao freezer.
Se não encontrar pimenta Síria, use pimenta-do-reino misturada a canela em pó, meio a meio.

Rendimento
6 porções

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O conceito de Deus no Islam

É conhecido o fato de que qualquer língua possui um ou mais termos que são empregados em referência a Deus e às vezes a divindades inferiores. O mesmo, contudo, não sucede com a palavra Allah. Ela designa o nome pessoal do Único Verdadeiro Deus. E ninguém mais poderá ser chamado de Allah.
O termo não possui número ou gênero. Isto demonstra a sua unidade quando comparado com a palavra Deus que pode ser transformada em plural, deuses, ou feminino, deusa.
É interessante notar que Allah é o nome pessoal de Deus em aramaico, a língua de Jesus e língua irmã do árabe.
O único e verdadeiro Deus é o reflexo do conceito único que o Islam associa a Ele. Para um muçulmano, Deus é Onipotente, Criador e senhor do Universo. Que não é semelhante a nada, e nada é comparável a Ele. O Profeta Mohammad foi interrogado pelos seus contemporâneos quanto a Deus: a resposta surgiu diretamente do Próprio Deus em forma de uma pequena surata do Alcorão, que é considerada a essência da unicidade, ou a divisa do monoteísmo. Nela se lê:

“Disse: Ele é Deus, Único! Deus, o absoluto! Jamais gerou ou foi gerado! E ninguém é comparável a Ele!”

(112ª Surata, versículo 1-4).


Alguns não muçulmanos alegam que o Deus do Islam é severo e cruel, e que exige obediência total; não é amável e bondoso. Nada pode ser mais absurdo e estar mais afastado da verdade do que esta alegação. É suficiente sabermos que, com exceção de uma, todas as restantes 113 suratas do Alcorão principiam com a frase:
“Em nome de Deus, o clemente e misericordioso”.
Numa das afirmações do Profeta fomos informados que “Deus é mais amável e bondoso que uma mãe para com o seu querido filho”.
Mas Deus é também justo. Consequentemente, os malfeitores e pecadores devem merecer a devida parte de punição, e os virtuosos a sua recompensa e seus favores. Na verdade, o atributo de Misericordioso possui total manifestação no seu atributo de justo. Pessoas sofrendo pela sua causa, durante toda a sua vida, não devem de maneira alguma merecer tratamento semelhante por parte do seu Senhor. Esperar um trato semelhante para com essas pessoas significará negar a realidade de ajuste de contas do homem na vida do Além e, através disso, rejeitar todos os incentivos para uma vida moral e virtuosa neste mundo.
O Islam rejeita a caracterização de Deus em qualquer forma humana, ou descrevendo-o como favorecendo certos indivíduos ou nações com base na riqueza, na raça, ou no poder. Ele criou os seres humanos em igualdade. Eles devem-se distinguir entre si e obterem o seu favor somente através de virtudes e piedades. O conceito de que Deus descansou no sétimo dia da criação, que Deus é conspirador e invejoso da humanidade, ou que Deus está encarnado em qualquer ser humano é considerado blasfêmia sob o ponto de vista islâmico.
O simples uso da palavra Allah com o nome pessoal de Deus é o reflexo da ênfase islâmica quanto a pureza da crença de Deus, que é a essência da mensagem de todos os seus mensageiros. Devido a isso, o Islam considera a associação de qualquer divindade ou personalidade com Deus como um pecado mortal que jamais será perdoado, apesar do fato de Ele vir a perdoar todos os pecadores restantes.
Nenhuma criatura caminha sobre a terra, sem que a sua provisão esteja sob a responsabilidade de Deus. Ele lhe concede a morada e o repositório.


Fonte: Folheto nº9 do Centro de Divulgação do Islam para América Latina.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

"Ser forte é ter resignação para aceitar o que a vida lhe impõe"
Lua Mística (Tânia Mara)

"Com as pedras quem me atiram eu construo meu castelo, minha fortaleza... Obrigada!!!"

Lua Mística (Tânia Mara)

"A amizade é uma predisposição recíproca que torna dois seres igualmente ciosos da felicidade um do outro."
Platão