quinta-feira, 29 de abril de 2010

A História da Dança do ventre

Como sabemos a Dança do Ventre tem uma longa história, e por isso, vamos falar aos pouquinhos dela e que forma ela surgiu, é uma bela história, mas precisamos ter cuidado com o que achamos por aí, por isso resolvi colocar um trechinho do meu artigo, cuja fonte podemos confiar.
A Dança do Ventre, esquecida, pela sociedade atual, chegou até nossos dias, como forma de entretenimento e era usada para reverenciar as Deusas. Não se originou somente de um país ou uma região. “Esta é uma arte sem fronteiras, [...] a Dança do Ventre não pertence apenas aos países árabes. Faz parte do contexto folclórico de países como a Grécia, Turquia, Armênia, e até Israel.
Recebeu as características dos costumes de cada país onde era praticada, dependendo dos deuses e deusas que as sacerdotisas consagravam ou cultuavam em seus rituais. Então, naturalmente a Dança seguiu um processo evolutivo em dois tipos de cenários: o culto religioso e a dança dos palácios e ruas.
Durante certo período da Antiguidade, a dança do ventre era transmitida de mãe para filha, a fim de prepará-la para o casamento, para futura gravidez e parto. No mundo Ocidental, por vários motivos, a dança do ventre ficou conhecida como uma arte ligada à sedução e à sexualidade. Muitas pessoas dizem não ter assistido a um espetáculo de dança do ventre, mas só de ouvir falar, já dão asas à imaginação. O “livro “As mil e uma noites” também conta histórias onde as mulheres usavam a dança como forma de sedução.
Sabe-se que a dança do ventre tem suas raízes ligadas aos templos religiosos da época. Acredita-se numa grande deusa, mãe de todos os seres humanos e de toda a terra. A autora Lucy Penna (1996) defende que esta dança é proveniente de um ritual sagrado anterior a mais antiga civilização reconhecida historicamente, a dos Sumérios. Era a Deusa quem alimentava a terra tornando-a fértil para a lavoura. Nos rituais em sua homenagem, sacerdotisas expunham seus ventres sagrados fazendo-os dançar, vibrar e ondular. Era a forma de garantir prosperidade e fertilidade para a terra e para as mulheres.
No Egito a dança do ventre teve sua maior propagação, e foi incorporada a festas de casamentos, datas festivas, solenidades, etc. A dança designa-se unicamente ao corpo feminino, enfatizando os músculos abdominais e os de quadris e tórax. Ela é praticada com os pés descalços firmados no solo, e caracteriza-se pelos movimentos suaves, fluidos, complexos e sensuais do tronco, alternados com movimentos de batida e tremido. As dançarinas orientais são consideradas diferentes, pois realizam, uma “dança dos músculos”, ao contrário das “danças de passos”, praticadas no ocidente.
Com o passar dos séculos, houve guerras, invasões e dominações. As danças, antes realizadas apenas em templos, acabaram, de certa forma se misturando às danças populares. Daí, sua forte ligação com os beduínos e os ciganos árabes, que por serem nômades, foram absorvendo aspectos de várias civilizações do antigo oriente. Os constantes contatos com diferentes culturas numa mesma religião acabaram por disseminar a dança em sua forma popular.
Dentre as manifestações culturais Árabes, que atravessaram séculos, a “RAKS-EL CHARKI”, conhecida no Brasil é a Dança do Ventre mais difundida. Celebra o Feminino da Criação a Fertilidade, a Doçura, a Subjetividade, a Sedução, a Sensualidade da mulher. Em relação aos benefícios orgânicos, a dança árabe trabalha os órgãos do baixo ventre, normalizando suas funções. Os movimentos ondulatórios massageiam a coluna e aumentam a flexibilidade do corpo, “a grande vantagem é que a arte do Oriente deixa uma margem improvisação a criatividade, e a sensibilidade de quem pratica, assim cada Bailarina desenvolve seu próprio estilo.”


Tempestade Lunar
(Viviane Braga)

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