quinta-feira, 20 de janeiro de 2011


Olá, amigas e amigos!
Que alegria poder compartilhar com vocês mais um ano de realizações e prosperidade!
Como todo ano que se inicia, ou melhor, reinicia nossas expectativas de melhoras em nossas vidas são infindáveis não é? Então que tal aproveitarmos esse recomeço de vida (porque todo Ano Novo, é um recomeço de vida, concordam?) para tirar de nossas vidas tudo o que não nos faz bem e colocarmos somente coisas boas?
Falarei hoje sobre o solstício de verão!
Desde a antiguidade os homens comemoram o verão como início de um período de crescimento, abundancia e nutrição.
O nosso poderoso amigo o Sol está em plena exuberância e potencial banhando nosso planeta de vida e cor.
O solstício de verão tem sido e ainda é importante, para muitas religiões e culturas ao redor do mundo. Não só era sagrado para os deuses da fertilidade, casamento e amor, como também era considerado um período no qual as fadas, elfos e muitas outras criaturas sobrenaturais apareciam em grande número para celebrar com os humanos a alegria da vida.
O festival do solstício do verão nas culturas eslavos-russas era chamado de Kupalo e
Jarilo ou Kostroma, Sobotka, Kresnice e Vajano.Kupalo/Kupala era o nome de uma antiga deidade eslava originalmente uma deusa, mas que posteriormente foi transformada num deus.
As características marcantes desse festival eram as fogueiras, o espargir de águas e as artes divinatórias. O mesmo festival era conhecido no Egito como Lua Cheia de Edfu, onde honravam a deusa Hathor. Nesse festival eles retiravam a estátua de Hathor de seu templo em Dendera e a levavam ao templo do deus Horus em Edfu pra celebrar a união sexual entre essas duas divindades. Nesse período de grandes festividades eram celebrados inúmeros casamentos entre humanos, pois era considerado um período de muita sorte.
Em Roma essa época era consagrada a deusa Juno. As virgens vestais limpavam o penus (um vaso sagrado) no templo de Vesta. Era considerada uma época de muita sorte para quem nele se casasse.
Na cultura celta esse era o mês de Cerridwen uma deusa da fartura, vida e abundancia. No Tibete este era um período de danças sagradas com mascaras e peças teatrais misteriosas. Eles celebravam os Budas médicos e o nascimento de Padmassambhava, considerado um grande mestre espiritual. Para os Incas eles celebravam a Festa do Sol ou a Inti Raymi para comemorar a colheita do milho. Na Índia temos o Bessant Panchami as vezes chamado de Dawat Puja o Festival de Sarasvati. Essa é uma deusa de rio, que despeja uma torrente de energia e de cultura também, pois para os indianos a cultura é tão necessária a fome do saber como o pão é necessário para a fome do corpo!
Poderia ficar aqui descrevendo para vocês o que em todos os lugares desse nosso lindo planeta azul é festejado nessas época do ano, mas creio que seria maçante demais, então amigas (os) vamos aproveitar essa época em que em todas as culturas é louvada a prosperidade, a fartura, a colheita e a vida para colocarmos apenas o que de melhor existe em nossas vidas em destaque deixando de lado e jogando fora tudo aquilo que não nos interessa ou importa, certo? Façamos como os povos antigos e sábios que permitiam que o grande astro Rei nosso amigo Sol brilhasse em suas vidas através da abundancia e fartura!
Aproveitem essa época do ano para colocar flores em suas casas, escritórios, roupas, em suas vidas e percebam como a natureza lhes retribui com energias positivas e vitais!
Que a grande Deusa Mãe e o poderoso Sol iluminem e frutifiquem as tuas vidas!


Beijos dançantes!


Terra Majestade

domingo, 16 de janeiro de 2011

ATENAS OU MINERVA


Atená – (Palas): mulher extremamente profissional e prática, busca realizar-se numa carreira onde possa mostrar sua sabedoria. Equilíbrio, cultura e educação. Não briga à toda, envolvendo-se em causas justas, às quais defende com argumentos irrefutáveis, o que lhe concede quase sempre o merecimento da vitória.
· Filha do pai: Saltou da cabeça de Zeus, usando uma lança aguda numa das mãos, emitindo um grito de guerra.
· Protetora, conselheira e patrona de homens heróicos, tomou o partido da patriarquia.
· Como deusa da sabedoria, era cohecida por suas vitórias e soluções práticas. Como arquétipo, é seguida por mulheres de mente lógica, governadas pela razão.
· Quando a mulher reconhece o modo intenso com que sua mente trabalha, como uma qualidade feminina, ela pode desenvolver uma auto-imagem positiva, ao invés de se amedrontar de estar masculinizada.
· Como deusa virgem, é como Ártemis, motivada por suas próprias prioridades. Difere desta no sentido que procura a companhia dos homens, precisa estar no meio da ação e do poder masculino.
· Personifica o “adulto sensível” com sua conformidade aos padrões adultos tradicionais e a falta de romantismo ou idealismo.
· É estrategista e eficaz para a guerra e outros assuntos políticos
· Como deusa das artes faz coisas que eram ao mesmo tempo úteis e esteticamente agradáveis.
· Enquanto arquétipo de “filha do pai”, representa a mulher que tende aos homens poderosos, que têm autoridade e poder (homem patrão). Muitas secretárias têm esse tipo.
· Vive o” justo meio termo”, nunca os excessos.
· Estar encouraçada é seu traço. As defesas intelectuais conservam tal mulher longe do sofrimento. No meio da agitação emocional, permanece impermeável, enquanto observa, qualifica e analisa o que esta acontecendo.
· Mulher Atenas: Prática, desconfiada, desinibida, segura. Tipicamente tem boa saúde, não tem conflitos mentais e é fisicamente ativa. Usa roupas práticas, duráveis e sem influência da moda.
a)Trabalho: trabalha em direção a um fim, aceita a realidade e se adapta. No lar, se sobressai nas artes domésticas, usando sua mente prática e olho estético para dirigir uma ordem doméstica eficiente.
b) Relação c/ mulheres: Distante ou evitada. Têm falta de amigas. Competitiva.
c) Relação c/ homens: Atrai-se por homens bem sucedidos, e não tem paciência com pessoas sonhadoras. Para ela, adjetivos como neurótico, bom coração e sensível, descrevem os perdedores. Só os heróis tem vez. Gosta dos homens como amigos ou mentores, e não tanto como amantes. Está muito presente entre as lésbicas.

d) Filhos: Como mãe, não vê a hora de seus filhos chagarem a maturidade para fazerem projetos
juntos, e mostrar-lhes a vida. Adora filhos competitivos, extrovertidos e intelectualmente curiosos.
Tempestade Lunar

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

As sete Deusas Gregas


Vamos falar um pouco das sete Deusas Gregas mais conhecidas.


1. ARTÊMIS / DIANA

Ártemis (Lua): é a mulher atlética, que aprecia a vida ao ar livre e os animais. Ama a natureza e
dedica-se á proteção do meio ambiente. Respeitada, sabe viver só e sente-se bem assim. Pode ser vingativa e cruel, se ultrapassarem o limite imposto por ela mesma no seus encontros· irmã gêmea de Apolo, deus do Sol. Sua mãe, Leto, era uma divindade da natureza, filha de Titãs. Seu pai era Zeus, deus líder do Olimpo.
· Deusa do parto.
· Pedido ao pai: arco e flechas, uma quadrilha de cães de caça, ninfas para acompanhá-la, uma túnica curta para correr, montanhas e selvas como seus lugares especiais e a castidade eterna. Seu pai lhe concedeu tudo e mais o privilegio de fazer suas próprias escolhas.
· Deusa da caça e da Lua – personifica o espírito feminino independente. Podia objetivar qualquer alvo e sempre acerta-lo.
· Capacidade de concentração e direcionamento possibilitam-na atingir qualquer meta.
· Como deusa virgem, era imune de se apaixonar e representa um sentido de integridade, uma atitude de cuidar de si mesma. Esse arquétipo possibilita a mulher sentir-se completa sem um homem.
· Representa as qualidades do movimento feminista: empreendimentos e competência, independência dos homens e das suas opiniões, e preocupação pelos atormentados, pelas mulheres fracas e pelos jovens. Irmandade entre as mulheres.
· Afinidade com a selva e a natureza não doméstica, responsável pela identificação que algumas mulheres experimentam entre si mesmas e a natureza, quando saem com mochilas pelas montanhas, adormecem no luar, caminham numa praia deserta etc.
a) Trabalho: Empenha-se no trabalho que tem valor subjetivo para ela. È estimulada pela competição e não se amedronta com oposição. Os interesses perseguidos por ela não têm valor comercial e não conduzem a uma carreira. Algumas vezes, o interesse é tão pessoal ou fora do comum, tão absorvente quanto ao tempo, que a falta de sucesso no mundo ou a falta de relacionamentos são garantidos.
b) Homens: Fraternal.
· Como sua irmã, Apolo é andrógino. O casal Ártemis-Apolo é o modelo mais comum de relacionamentos da mulher-Artemis. Pode resultar num casamento assexuado, amigável. Algumas mulheres até casam com homossexuais e valorizam o companheirismo e a independência que cada parceiro permite ao outro.
· O 2º padrão comum é o de envolvimento com homens que as sustentam. Tal homem é uma pessoa com a qual ela se sente à vontade. Se for incompatível pode lembrar os conflitos pai-filha: o marido não aprova suas atitudes, é rebelde etc.
· O 3º tipo de homem atraído pela pureza de Ártemis, sua virgindade e identificação com a natureza primitiva, é o tipo Hipólito, um jovem atraente, que se dedicou a deusa Ártemis e ao celibato. Tais homens que parecem ser tão puros, ficam ofendidos pela sexualidade pura e simples. Eles podem estar na fase final da adolescência ou no começo da fase adulta e ser castos.
c) Filhos: Estar grávida ou amamentando não é motivo de realização para a mulher- Ártemis. Não sente atração para ser mãe, no entanto gosta de crianças. Quando mães, encorajam a independência, ensinam seus filhos a se defenderem sozinhos e pode ser cruel na defesa deles.
Não olham para trás com saudades da época que eram bebes, olham para frente, quando seus filhos serão independentes.
Tempestade Lunar

sábado, 8 de janeiro de 2011

O feminino e seus arquétipos


Arquétipos são fontes derradeiras daqueles padrões emocionais de nossos pensamentos, sentimentos, instintos e comportamentos. No caso, arquétipo feminino é tudo o que pensamos com criatividade, inspiração, tudo o que acalentamos, amamentamos, gostamos, todas as fusões e impulsos de absorver, reproduzir, tudo o que nos impele á união e a proximidade humana, é lua, água, ciclo. É receber, acolher, enfeitar, proteger, é lutar pelo bem dos amados, é ser onça, leoa, materna. E, assim como não somos apenas o signo do Sol no nosso mapa, mas sim a conjunção de todos os signos e planetas, também não somos apenas um dos aspectos apresentados e sim todos os arquétipos, já que somos influenciadas por eles no decorrer de um mesmo dia e na própria vida.
A abordagem mitológica ajuda na compreensão do ser humano e em seu posicionamento no mundo que o cerca. O mito serve como elemento de orientação. Assim como os pais ensinam os filhos como é a vida, relatando-lhes as experiências vividas, os mitos também fazem a mesma coisa, porém num sentido mais amplo, delineando padrões para a caminhada existencial, com o recurso da imagem e fantasia. Jung vê o mito “como uma verdade profunda de nossa mente”.

Temos, como representação dos padrões arquetípicos femininos, sete exemplos retirados da Mitologia Grega que, de acordo com Jean Shinoda Bolen, psiquiatra junguiana, são a projeção dos
arquétipos do sexo feminino. Sua divisão se dá em:


1. Invulneráveis – as três grandes deusas virgens: Ártemis, Atená e Héstia, as quais nunca se deixaram dominar por seus pares masculinos.


2. Vulneráveis - três deusas: Hera, Deméter-Coré ou Deméter-Perséfone, que foram violentadas, raptadas ou humilhadas por seus consortes.


3. Afrodite - fecha os arquétipos e representa uma deusa alquímica. Por estar sujeita a transmutações, tanto é a inspiradora dos amores carnais (Afrodite Urânia) como também o é do amor etéreo, superior (Afrodite Celeste).

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Link - Jóia Rara - Nassih Sari


Mulheres... muito legal este livro, vale a pena a leitura!

Para quem está começando, um ótimo exemplo de persistência, diante das dificuldades da dança, com grandes ensinamentos.

Diferente de todos os livros que já li, sobre dança do ventre.


"A verdadeira bailarina da dança oriental sabe que a fama é ilusão;
Que o culto ao corpo não pode nunca ultrapassar o culto á alma;
Que o egoísmo, mesquinharia, fofoca e falsidade não fazem parte do seu vocabulário;
Ela sabe que será sempre uma eterna aprendiz;
Sabe reconhecer seus defeitos e talentos;
Sabe dialogar...
Ela busca a dança como forma de iluminação e contato com o divino,
Ela busca o conhecimento profundo;
Ela não julga o desempenho de outras bailarinas;
Ela é humilde o bastante para reconhece seus limites e seus desafios;
Ela ensina por amor e com muita dedicação...
Ela não esconde conhecimento, nem julga ser melhor do que ninguém;
Ela sabe que currículo não faz a dança;
Que dinheiro e sucesso são conseqüências;
Seu maior desafio é ensinar suas alunas a serem melhores do que ela...
Ela será sempre grata a aquelas mulheres que lhe ensinaram o caminho do "ventre" e abriram - lhe as portas para o mundo misterioso do sagrado feminino."


Trecho retirado do livro Jóia Rara de Nassih sari